sábado, 29 de junho de 2013

Sexto dia - Laughlin/NV - Tusayan/AZ

O sexto dia de viagem começou com muito sol e calor.

Laughlin está localizada no meio do deserto, bem na divisa com o Estado do Arizona. O lugar é quente...muito quente!

Tomamos café num Starbucks dentro do próprio hotel, que na sua parte de trás tinha uma bela vista pro rio Colorado.

Partimos pra mais um dia de viagem, com um sol de, no mínimo, 30 graus.

Uma dica importantíssima pra quem for fazer esse tipo de viagem é a seguinte: Não deixe faltar ÁGUA e PROTETOR SOLAR!!!

Abuse do protetor solar. Beba muita água e isotônicos. Até porque você vai se surpreender com o preço das bebidas por lá. Um Gatorade que aqui custa por volta de R$ 5,00 num posto de gasolina, lá custa de 1 a 2 dólares (e dos grandes). 

Então, sempre tínhamos a mão água geladinha pra amenizar os efeitos do solzão do deserto.

O planejamento inicial era sair de Laughlin pelo Sul, em direção a Fort Mohave. Depois seguir em direção a Oatman, que é bem turística e um ponto bem visitado por quem faz esse tipo de viagem.

Infelizmente, o calor naquele dia estava muito forte. E o cansaço do dia anterior nos fez decidir pelo caminho mais curto e mais rápido, para que chegássemos mais cedo no nosso destino, e pudéssemos aproveitar melhor o que a cidade tivesse a oferecer. 

Sendo assim partimos na direção de Kingman. Lá é possível ingressar novamente na Route 66, e passar por Peach Springs, pela famosa Hackberry General Store e por Seligman. Mas, como disse anteriormente, decidimos pelo caminho mais curto e   ingressamos na Interstate 40 em direção a Williams. Depois entramos a esquerda na AZ-64 em direção a Tusayan.

No meio dessa estrada encontramos um pequeno museu de aviação, o Plane of Fame Air Museum, dirigido por um casal de velhinhos bem simpáticos e falantes. Por 6 dólares por pessoa, pudemos visitar um hangar cheio de relíquias da aviação americana, dentre outras coisas antigas que tinham por lá.

Depois do museu, chegamos em Tusayan, por volta das 14 horas. Almoçamos no Mc´Donalds assim que chegamos!

A cidade é minúscula, mas muito "arrumadinha". Tem uma rua principal e algumas pequenas ruas transversais. Lá existem muitos hotéis para os turistas que vão visitar o Grand Canyon. Por lá se vê também muitos grupos de motociclistas e suas HD´s.

Tive uma pequena dificuldade pra encontrar o hotel e foi aí que deixei a Electra tombar pela primeira vez. Ao tentar fazer um retorno, coloquei a dianteira dela num acostamento de cascalho e pedras. Não teve nem chance de fazer algo. A bichona saiu de dianteira e o tombo foi certo.

Felizmente, como era uma manobra de retorno, eu estava devagar e não nos machucamos. E como a moto tem os suportes dos alforges, ela não chegou a tombar totalmente. Existe alguns vídeos no youtube explicando a melhor forma para levantá-la caso isso ocorra.

Depois de rodar um pouco achamos o nosso hotel e resolvemos descansar um pouco até o jantar.

Jantamos num restaurante estilo "saloon" com porções generosas e um show com artistas locais. O calor do deserto deu lugar ao frio e naquela noite estava uns 10ºC. Aí foi só se enfiar embaixo das cobertas e descansar para o próximo dia, que seria um dos melhores da viagem.




















quarta-feira, 26 de junho de 2013

Quinto dia - Beaumont/CA - Laughlin/NV

Quinto dia nos EUA e segundo dia com as motos começando....

Acordamos cedinho para arrumar as bagagens na moto e preparar tudo para o início do nosso trecho até a cidade de Laughlin, no Estado de Nevada.

Esse foi o dia que andamos mais, e um dos mais cansativos.

Motos carregadas, equipamento de filmagem e foto preparados, partimos para a estrada. Antes paramos pra tomar café na própria cidade, no Beaumont Cafe.

Mais um café da manhã bem tradicional no estilo americano! Ovos, bacon, waffles e muitas outras coisas boas pra começar o dia.

Alimentados, pegamos a estrada e o dia estava lindo....e QUENTE!

Seguimos pela I-10 no estado da Califórnia até a saída para a Twentynine Palms Highway, que nos levaria até Yucca Valley.

De Yucca Valley "subimos" até Barstow, para pegar a I-40. Essa rodovia é paralela a Rota 66, e existem algumas saídas para você andar pela "mother road", ao invés de ir pela rodovia mais nova.

No meu planejamento, tinha preparado uma parada na cidade fantasma de Calico, que fica bem ao lado de Barstow, e se trata de um dos pontos turísticos da viagem. Infelizmente não consegui passar por lá. O dia estava apertado, tínhamos muita estrada pela frente. Uma pena porque pelo que tinha pesquisado parecia ser bem legal.

Continuando, resolvi então pegar uma das saídas a direita da I-40 e entrar na famosa Rota 66, entre Barstow e Ludlow, mas não foi uma boa ideia. Nesse trecho que entramos a estrada estava muito esburacada e mal conservada. Difícil de andar mesmo, o que foi uma surpresa porque até então, só tínhamos rodado por ótimas estradas.

Então, voltamos pra rodovia principal e seguimos até Ludlow pela rodovia I-40. Em Ludlow saí a direita e voltei pra Route 66, e aí foi só alegria. Os buracos desapareceram, a estrada virou um tapete. A partir daí foi só aproveitar o momento tão esperado na estrada mais famosa do mundo.

De Ludlow fomos até Amboy, onde está localizado um dos pontos turísticos da rota, o Roy´s Café, lugar que já serviu como cenário para filmes e comerciais. É um ótimo lugar pra tirar boas fotos.

De Amboy continuamos pela Rota 66 até Essex e depois voltamos para a I-40. Já era fim de tarde e ainda estávamos um pouco longe do nosso destino final, então enrolamos o cabo da Electra para não chegarmos tão tarde em Laughlin.

Paramos em Needles para abastecer por volta das 19 horas, já escurecendo, e continuamos em direção a Laughlin. Chegamos por volta das 20:30 no nosso destino, depois de uns 500 km rodados.

A cidade de Laughlin é considerada uma "mini" Las Vegas. Como está localizada no Estado de Nevada, a jogatina é liberada por lá e a cidade é repleta de cassinos.

Não conseguimos aproveitar muito a cidade porque chegamos muito cansados! Viajar de moto é legal mas o ideal é evitar trechos tão longos, porque o calor, aliado a outros fatores, te deixa arrebentado no fim do dia, e a única coisa que você vai querer fazer é descansar.

Demos uma volta rápida pelo cassino para matar a curiosidade e ver como funcionava tudo aquilo. Depois foi correr pra cama e descansar para o próximo dia. 



















quarta-feira, 19 de junho de 2013

Quarto dia - Finalmente o dia de encontrar a Electra

E finalmente chegou o grande dia de pegar a Electra e começar a nossa viagem de moto...

Só que não foi tão fácil assim....

Como dito nos tópicos anteriores, meu primo Marco não estava nada bem. O coitado tava colocando tudo que comia pra fora. Nada parava nada na barriga do rapaz....

E nesse dia ele acordou pior do que no dia anterior. A solução foi ir ao médico novamente e, a princípio, adiar o início da nossa viagem para que ele pudesse se recuperar.

Fomos a uma clínica médica e ele foi examinado novamente. O médico mais uma vez passou remédios para evitar o vômito e a diarreia que ele vinha enfrentando e, passou também, um calmante, já que ele estava muito nervoso e ansioso com tudo aquilo que vinha acontecendo.

Voltamos pro hotel e o deixei por lá para que ele descansasse e melhorasse para que pudêssemos partir no dia seguinte. Eu resolvi ir até a Eaglerider e retirar a minha moto para ir me acostumando com a HD.

Na Eagleider fui muito bem recebido e após os trâmites internos de cadastro, pagamento de seguro e etc., finalmente peguei a minha motoca. Uma Electra Glide preta, linda!!!

Eu nunca tinha andando numa HD. Muito menos numa moto do porte da Electra Glide.

Confesso que tive algumas dificuldades com essa moto. Eu tenho 1,66 m de altura e sofri com o peso e a altura do banco em relação ao solo. 

Com a minha altura não conseguia encostar os dois pés totalmente no chão, o que fazia de cada parada e partida uma grande aventura! 

Isso porque a moto é muito pesada! Pesada mesmo!!! Qualquer descuido é o suficiente pra ela pender para um dos lados e tombar. Eu mesmo deixei ela tombar duas vezes (no momento certo eu explico).

Mas, depois que você ta andando com ela as coisas mudam totalmente. Com a moto em movimento tudo fica mais fácil e tranquilo! O "motorzão" não faz feio e responde muito bem as aceleradas. Os freios não eram os melhores do mundo, mas há de se considerar também que trata-se de uma moto de aluguel. A manobrabilidade e a ergonomia, tanto do piloto como do passageiro, são ótimas! A moto é muito confortável!

Então, saí da Eaglerider e voltei pro hotel que estávamos hospedados e tive uma surpresa. Entre o momento que deixamos meu primo no hotel e a volta se passaram umas três horas mais mais ou menos. Quando cheguei no hotel ele estava bem melhor. Havia descansado e não estava mais sentido aquele nervosismo e ansiedade da manhã (o calmante fez efeito) e disse que queria pegar a moto dele também e seguir viagem.

Ficamos meio apreensivos porque essa "melhora" se deu num tempo muito pequeno, e enfrentar uma viagem de moto nas condições que ele estava não era o mais adequado.

Insistimos para que ele mudasse de ideia e adiássemos a partida para o dia seguinte mas não teve jeito. A vontade de andar de moto falou mais alto e então fomos retirar a outra moto.

O planejado era sair de Los Angeles por volta das 13:00 horas. Com tudo o que aconteceu saímos por volta das 17:00!!!

A nossa primeira parada seria em Palm Springs/CA, que fica há uns 200 km de Los Angeles. 

Saímos de LA pela I-405, enfrentando o horário do "rush" dos californianos. O trânsito estava pesado e tudo colaborava para que algo desse errado. Nessa hora a nossa tranquilidade nos ajudou a não transformar o passeio num pesadelo.

A princípio ia seguir atrás dos carros, sem entrar no "corredor" com aquela moto enorme. Entretanto, começamos a notar que algumas motos estavam utilizando o corredor existente entre a faixa "carpool" e a primeira faixa regular da rodovia. O espaço entre essas duas faixas é grande e então colocamos a moto nesse espaço, conseguindo  então cortar o trânsito das rodovias que saem de LA.

Lembrando que na Califórnia é permitido andar no corredor!!!

Tudo seguia normalmente até que, por volta das 19 horas, o frio começou a apertar e o horizonte estava "fechado" de nuvens pesadas de chuva. Comecei a me preocupar porque as nuvens estavam na direção em que estávamos seguindo e não tínhamos roupas de chuva.

E mais adiante meu medo se confirmou. Começamos a sentir os pingos de chuva e dava pra ver claramente que as coisas ficariam muito pior.

Parei a moto num posto na estrada e joguei no GPS qual era o hotel mais próximo de onde estávamos. A opção mais próxima era um hotel da rede Best Western na cidade de Beaumont, há 3,5 km de onde estávamos. E foi para lá que fomos.

Tivemos que alterar nosso planejamento por causa da chuva e do horário (já eram umas 20:30 horas) mas foi o melhor para nós naquele momento.

Infelizmente, nesse dia, devido a correria na saída de LA, não consegui montar a câmera no capacete. A "correria" foi tanta que nem a câmera de mão conseguimos utilizar.

Tiramos uma única foto das duas HD´s embaixo da chuva, parada no estacionamento do hotel.



domingo, 16 de junho de 2013

Terceiro Dia - Universal Studios

Mais uma noite se passou e depois de um descanso rápido acordamos cedo para o nosso terceiro dia nos EUA.

Hoje a programação do dia era dar uma volta por alguns pontos de Los Angeles e depois ir para o parque da Universal Studios Hollywood.

Antes de começar o tour paramos pra tomar café num dos restaurantes da rede IHOP. Já tinha pesquisado sobre esse lugar e o café da manhã servido por lá. Foi o melhor café da manhã que tomamos nos EUA. Sabe aquela café americano igual ao que vemos nos filmes? É lá que você vai encontrar tudo isso e mais um pouco!!!

O meu primo Marco que tinha passado mal no dia anterior, ainda não estava legal. Mal tomou café e ainda estava tendo enjoos e vomitando algumas vezes.

Depois do café seguimos em direção a Rodeo Drive, rua conhecida pelas marcas famosas e etc. É uma rua bem pequena mas tem todas as grifes mais importantes do mundo. Passamos rapidamente de carro mesmo sem parar para fotos e etc.

Resolvemos parar para fotos junto ao Beverly Hills Sign e depois próximo ao Hollywood Sign. Uma dica bem legal para quem quer boas fotos do famoso "letreiro de Hollywood" é ir até a Canyon Lake Drive. Lá foi o melhor local que encontramos para as fotos...

Após nosso tour, nos dirigimos para o Universal Studios, bem pertinho de onde estávamos. O parque é muito legal também, só que bem menor que a Disney.
As atrações são bem legais, com destaque para o Studio Tour, The Simpson Ride, Transformers e Revenge of Mummy.

O parque é relativamente pequeno e como compramos ingressos que nos livraram das filas, no fim da tarde já tínhamos visitado quase todas as atrações, o que nos deu tempo para dar mais uma volta pela cidade e também ir dormir mais cedo, afinal, no outro dia partiríamos para a viagem de moto.

Entretanto, meu primo estava se sentindo pior do que no começo do dia e aí começou a nossa preocupação com o dia seguinte.

Antes de viajarmos, fizemos um seguro saúde para os dias que ficaríamos nos EUA. Então, acionei o seguro solicitando um médico para que o examinasse e, depois de mais ou menos uma hora, surgiu na nossa porta um senhor com uns 90 anos com a sua maletinha, para examiná-lo.

O médico constatou uma pequena infecção intestinal, passou alguns remédios, e lhe deu uma bela injeção antes de ir embora.

Depois que o médico foi embora, e meu primo ficou descansando em seu quarto, eu ainda tive tempo de ir comer um lanche na rede de lanchonetes Denny´s. É uma das grandes redes americanas que você encontra em tudo quanto é cidade. Tem um hambúrguer sensacional com muito queijo e cebola, dentre inúmeras opções bem GORDAS!!!!

Fui dormir cheio, bem cheio! E preocupado com a saúde do meu primo e o dia seguinte...















domingo, 9 de junho de 2013

Segundo Dia - Disneyland

Depois de uma bela noite de sono, acordamos para o nosso segundo dia em Los Angeles.

Acordamos cedo e partimos pro café da manhã do próprio hotel que já estava incluso na diária.

O café da manhã americano é muito bommmm! Embora nesse hotel não tivéssemos muitas opções, deu pra ter uma ideia do "breakfast" de lá. Ovos, bacon, hamburguer, panquecas dentre outras coisas bem gostosas.

Depois do café da manhã reforçado, partimos para a Disney Califórnia, que fica localizada em Anaheim, há uns 50 km de Los Angeles. Já estávamos com os ingressos nas mãos, que foram comprados aqui no Brasil pelo site da Disney. 

Saímos por volta das 8:30 da manhã e gastamos mais ou menos uma hora pra chegar no parque. As estradas são largas e em boa parte delas existe a faixa "carpool" que só pode ser utilizada por veículos com mais de duas pessoas (que era o nosso caso). Muito interessante esse sistema do trânsito de lá, que é respeitado a risca pelos Californianos. Não vimos nenhum carro desrespeitando a tal faixa...mesmo com trânsito nas faixas normais completamente parado.

A Disney Califórnia é dividida em dois parques: O Disneyland Park e o Disney California Adventure Park.

Passamos o dia todo na Disney. Foi o dia mais cansativo da viagem mas um dos mais especiais. Ver tudo aquilo que vi na tv desde que era pequeno, desde os parques aos personagens, as atrações e shows foi muito emocionante. Sem dúvida uma das melhores experiências da minha vida.

Ficamos no parque até o fim do dia para ver o show World of Color que é muito legal. Vale a pena esperar até tarde. Depois ainda fomos jantar no Rainforest Cafe que fica localizado no Downtown Disney, bem ao lado do parque. Esse restaurante é temático e parece que você está no meio de uma floresta. Existem gorilas e elefantes de mentirinha, mas que fazem bastante barulho enquanto você está comendo. Fora que tem um aquário enorme e bem bonito também. Mas, sinceramente, a comida não era lá essas coisas.

O dia foi tão cansativo que meu primo Marco não aguentou. Na hora que estavamos indo embora o coitado vomitou tudo que tinha direito no estacionamento. A combinação comidas diferentes + cansaço físico derrubou o menino. A princípio pensamos que fosse uma coisa passageira....mas mais pra frente veremos que não foi não.

Depois do parque voltamos para o hotel, cansadíssimos mas, esperando o próximo dia que seria na Universal Studios.